Conheça a doença infecciosa que mais mata pessoas por ano



A raiva é um vírus mortal transmitido para as pessoas pela saliva de mamíferos infectados. Há quem pense que as chances de humanos contraírem a doença é mínima, porém, mesmo com a existência da vacina e da imunoglobulina, que ajudam a prevenir a raiva humana, ainda morrem anualmente aproximadamente 70 mil pessoas em todo mundo.  

Diante de campanhas incentivando a vacinação e de mortes pela doença em Minas Gerais, o professor de veterinária do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Victor Vasconcelos Carnaúba Lima, explica que a raiva pode ser transmitida através da mordedura, lambedura ou arranhadura de cães e gatos. O vírus é considerado altamente letal e grave tanto para animais como para humanos.  

Quais são os sintomas? 

Segundo o docente, os sintomas da infecção são neurológicos e os humanos podem apresentar mudanças no comportamento, dificuldades de locomoção ou paralisia em partes do corpo. Assim como salivação abundante, dificuldade para deglutir e até uma parada cardiorrespiratória. “É uma doença letal causando morte em 99,99% dos casos, tanto para animais como para humanos. Por isso, é importante prevenir-se tomando a vacina e vacinando os seus animais domésticos e de produção, como os bovinos, por exemplo.”  

Além da vacinação, também é importante evitar o contato com animais desconhecidos, principalmente os mais agressivos. Cuidado com as áreas ambientais onde se encontram muitos morcegos hematófagos (aqueles que se alimentam de sangue) também é essencial, pois estes são os principais transmissores da raiva nas áreas silvestres e rural.  

Fui infectado e agora?  

Caso a infecção já esteja contraída, é de extrema importância seguir alguns passos. “Primeiramente a área do acidente deve ser lavada com água e sabão e a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde mais próxima ou um hospital de referência para doenças infecciosas, para assim, iniciar o protocolo vacinal pós-exposição e a soroterapia. Recomenda-se ainda isolar o animal suspeito por 10 dias e observar se ele apresentará sintomas característicos da raiva ou vir a óbito”, diz o professor.  

O professor Victor ainda alerta sobre a importância das etapas de vacinação e prevenção.” Existem dois tipos de protocolo, o pré-exposição que consiste em 2 doses + sorológico para comprovar que o organismo produziu anticorpos contra o vírus da raiva, e o pós-exposição, quando a pessoa é atacada por algum animal, que consiste em até 5 doses e mais a administração de soroterapia. A gravidade do acidente pode influenciar no formato de medicação e vacinação e somente o médico poderá avaliar cada caso e definir qual o melhor método.”  



 

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